Saturday, January 17, 2009

Hoje apeteceu-me escrever. Talvez por obrigação já que nunca mais cá voltei, achei por bem dar o ar da minha graça. Um ano passou. Sinto-me outra. Uma pessoa muito mais calejada. Acabei mesmo por ir ver os meus sogros ao hospital, discutir com o meu marido e repensar na minha vida... Vou ser muita sintética a explicar o que me aconteceu porque não gosto muito de falar sobre o que aconteceu. Não me faz nada bem. Voltei com o Frankie para casa e as coisas não voltaram a ser a mesma coisa. Sentia-me culpada pelo pequeno mal estar dos meus sogros e por sentir que Frank estava diferente para comigo. Ausente, impenetrável, não me encarava como antes... E apesar de dizer que me amava eu sentia que não era a mesma coisa. Sabia que estava a pensar se eu valia memo a pena. Se não estaria a cometer um erro e que se continuasse comigo, dali para a frente não havia mais volta. E como me dizer tudo isto, eu que tinha abdicado de tudo por ele, não seria justo pôr-me a andar como se eu me tivesse mudado do bairro vizinho. Ele nunca mo disse, mas eu penso que tenha sido isso que ele tenha pensado. E eu como não gosto de ser peso para ninguém, principalmente para quem eu amava, fui-me embora. Tive uma conversa muito séria com ele e disse-lhe que não conseguia viver na dúvida, que não sabia o que ele pensava e que isso para mim era a pior sensação do mundo. Era como estar a dividir a minha vida com um estranho. E o que mais me doeu nisso tudo foi ele estar a negar, dizer que nunca teve dúvidas e que me amava como sempre me amou. Mas eu sentia a diferença. E para além do mais, nunca suportaria a mãe dele! E o que ia ele fazer? Ela é a sua mãe. Ele não a vê com os mesmos olhos que eu e contra isso não havia nada a fazer. Fui para a casa dos meus pais e descobri que estava grávida, o que não demorou muito, talvez devido ao stress. Hoje penso como seria a minha vida se tal facto não tivesse acontecido. Foi melhor ou pior assim? Não sei! Será que ia dizer ao Frank que era pai? Não sei! Sei que nunca lhe disse que estive grávida...

Tuesday, December 23, 2008

Aqui a Filipa, deseja a todos vós um FELIZ NATAL, especialmente às bloguistas que vão ser mães e àquelas que o começaram a ser há relativamente pouco tempo. Muita saúde para mas mães e respectivos rebentos.
p.s. e para aqueles que acham que eu sofro de múltipla personalidade também, para não virem cá depois dizer que sou isto ou aquilo.

Que o espírito natalício vos persiga até ao final do próximo ano!

Wednesday, December 10, 2008

Já me esquecia...

Tudo o que escrevo é baseado em factos reais. E na primeira pessoal do singular. É claro que as palavras usadas nos diálogos não foram essas. Para além de serem em inglês, tento traduzi-las letra por letra. Como não me lembro de todas porque não sou nenhuma base de dados nem estava a ser ouvida num tribunal, escrevo como me lembro que foi. Não estou cá para agradar quem quer que seja. Para isso vocês já têm a casa do artista e as suas novelas. Eu conto o que passou comigo. Gostam gostam, se não gostam azar. Eu não ganho nada com o número de visitantes ou com o número de comentários. Quantos ao erros e à forma de escrita, como referi anteriormente depende do meu estado de espírito e da vontade ou não de os corrigir. Querem ler textos bem redigidos comprem revistas de negócios ou algo parecido. Eles são jornalistas (eu não), escrevem bem, e são pagos para isso!
Tenho dito!

P.s: agradeço do fundo do coração, a preocupação e o carinho das minhas amigas bloguistas. Vocês são umas queridas. Cá beijinhos!

Tuesday, October 14, 2008

-Posso entrar? - perguntou-me.




-A porta está aberta!" Esse foi o indicador que ele estava muito chateado comigo. Nunca antes me tinha pedido para entrar no quarto. Entrou e sentou-se na cama de costas para mim. Como estava calado pensei começar eu a conversa.




"Mor eu sei que estás chateado comigo, mas ouve-me. Sinto que estou a competir com a tua mãe por ti. E não deveria ser assim. Cada um de nós tem um lugar e a tua mãe está a querer ocupar o meu."




-Nem vás por aí! Ela é minha mãe! Nunca deixará de o ser! - respondeu-me ele todo zangado.




-Sim é tua mãe! Exactamente! E eu sua a tua mulher! - gritei-lhe!




-Ainda pensas que tens razão?




-Sim, acho! Desde que a conheci, ela não tem sido verdadeira comigo. Há sempre respostas dúbias. Só tu é que não vês.




-Como assim? Não te admito que fales assim da minha mãe!




-Então é melhor pararmos de falar sobre ela. Já vi que é a única solução.




-Pois, mas quando chegarmos a casa vamos ter de conversar.




- Oh Deus, não sabes o quanto anseio por isso.




-Queres-te ir já embora é?




-Não! Só preciso de descansar. Mas lá para baixo, não quero que os teus pais pensem que se passa algo de errado. ( Não queria dar esse gostinho à minha querida sogra). Estou nervosa também pelo que aconteceu e foi uma situação que podia ter sido evitada.







-Pois podia! A minha mãe sempre foi simpática contigo. Não percebo essa implicância que tens com ela.







Resolvi não dizer nada. O melhor agora seria acalmar a fera, mas a partir deste momento tive a certeza que ia ter uma sogra à portuguesa. Se vocês soubessem como eu queria apertar-lhe aquele pescoço. Será que eu não me consigo livrar deste tipo de gente? Acho que deveria mudar o nome do blogue para "as cabras da minha vida". Desci com o Frank, sem qualquer contacto visual entre ambos e fui ajudar a minha sogra, enquanto Frank punha a mesa.


Quando cheguei à cozinha ia-me assustando com a quantidade de panelas que vi no fogão. E ainda dizem que os britânicos não gostam de cozinhar...Era batatas a cozer, pato no forno, e um peixe qualquer já preparado para pôr no forno a lenha. E ainda queria fazer sobremesa. Queria fazer-me frente pela última vez que esteve na nossa casa. Acabámos por fazer um merengue de morango e frutos silvestres. Ela disse-me o nome daquilo várias vezes mas já não me lembro. Lembro-me é que fiquei uma eternidade na cozinha. Honey please do this, sweetheart do that...Sempre sorridente. Sonsa! Eu só queria ir para casa e ainda faltava um dia. E estava tudo a ficar com óptimo aspecto. Fiquei com inveja confesso. Entao adivinhem lá o que é que eu fiz quando ela foi à casa de banho? Rapidamente fui buscar sal refinado e açúcar em pó e pus nas panelas e travessas de barro. A minha querida sogra não se ia ficar a rir nem mesmo que eu quisesse. Logo a seguir fui para a sala, não queria que ela me visse no local do crime. Acho que não ia conseguir disfarçar o sorriso do pestinha.

Foi na sala que Frank me "informou" que iriamos embora depois do jantar. Não podia ser melhor! Passar o meu lindo domingo em casa, chateada com Frank, mas rapidamente faziamos as pazes. Qualquer mulher sabe dar a volta à questão. Umas lágrimas de crocodilo e uma óptima tarde de sexo junto à lareira de certeza que ia ser mais que suficiente.



Chegou o momento da refeição, a hora da verdade! Estava mortinha para ver qual seria a reacção deles. Gostava de estar a filmar para mais tarde recordar. Petisquei o pão com manteiga enquanto eles começaram a comer. Segundo Frank o pato estava óptimo. O pau mandado do George também concordou.

Mas será que ninguém percebeu que a comida tinha sal a mais? E o açúcar? Ninguém sentiu um gosto estranho? Mas o que é que se passava com esta gente? Nunca comeram comida bem condimentada para saberem a diferença? Resolvi experimentar como se não se passasse nada e a comida realmente estava boa. Mas o que é que correu mal? Olho para a Rachel e ela pisca-me o olho e diz em alto e bom som "não conseguia tê-lo feito sem ti!". Perplexa, baixei a cabeça e continuei a comer em silêncio. Sinceramente, até hoje não percebi o que se passou. Será que ela experimentou a comida e percebeu o que fiz e resolveu a situação, será que o sal e o açúcar são um tempero excepcional... Até hoje não sei o que pensar sobre isso. E o que ela me disse à mesa será que com intencional? Só sei que passei o jantar todinho caladinha como se nem lá estivesse. Depois do jantar estaria de volta a casa e queria era ir-me embora dali o quanto antes. Depois do jantar e respectivo chá fomos embora. A meio do caminho Frank recebe uma chamada da mãe a dizer que se estavam a sentir mal e que os diabetes deles estavam muito altos. Lá tivemos nós que dar meia volta e voltar para a casa do mau olhado, como eu lhe chamo. Será que tinha sido do sal a mais que pus na comida? Porque é que ninguém me avisou que ambos eram diabéticos? Eu e as minhas brilhantes ideias...

Tuesday, August 19, 2008

A nossa primeira discussão

Os restantes dias correram normalmente. Ele todo entusiasmado sempre a falar nos pais e a dizer que deveriamos ir passar um fim-de-semana a Glasglow com eles para irmos às compras. Vou ser muito sincera. A parte das compras agradou-me imenso, agora estar com os pais dele...Grrrr!!! Aturar Rachel não ia ser nada fácil. Ia-se pôr toda cheia de 9 horas com aquele sorriso falso de sonsa frígida... Ainda para mais estava sem economias, logo teria de ir às compras com o cartão de Frank e acho que a minha querida "sogra" não ia engolir isso muito bem. Ia logo dizer que eu andava com ele porcausa do seu dinheiro. Como fomos sempre sinceros um com o outro expliquei-lhe que eu estava a ficar sem economias e que não poderia ir às compras tão cedo. Não me ia sentir à vontade com tal situação ainda para mais na presença dos seus pais. "Estás insana? Estamos nisto juntos, e quando te conheci trabalhavas, desististe de tudo por mim, por nós!" Confesso que fiquei ainda mais apaixonada por ele. Tal palavras fizeram-me sentir como quando bebo vinho para além da conta. Fiquei com aquela sensação de vazio na cabeça e vontade de sorrir sozinha. Uma comparação parva, porém real! Fiquei feliz naquele momento e as minhas incertezas nesse momento dissiparam-se. Então lá fomos nós passar o fim de semana, não a Glasgow mas sim a Aberdeen pois os seus pais tinham lá uma quinta. Com vacas , (para além da R.), patinhos, esquilos, coelhos ... Tudo muito giro, muito bem arranjadinho... Almoçámos às onze e meia da manhã que até fiquei agoniada. Raio dos velhos que acordam as 5 da manhã e às 11.30 já têm fome! Ninguém os aguenta... Fomos dar uma caminhada pelo jardim muito engraçado lá da zona. Chamava-se Duthie Park. Decorei o nome porque eles pronunciam-no de forma muito estranha, nada a ver com o sotaque americano. Passando à frente! Finalmente fomos às compras. As lojas, nada de especial. Havia uma Debenham's, Topshop, H&M, Banana Republic, Gap e não muito mais. Como Rachel e eu eramos amicíssimas aos olhos de Frank, fomos primeiro fazer as compras da senhora. Vi tudo o que era loja de velhas. Aquelas que cheiram a mofo, a cairem de podre. A madeira toda estalada na entrada da loja, os móveis e as estruturas ultrapassadas... Vi montes e montes de luvas, chapéus, saias, vestidos, écharpes, tudo à rainha Elizabeth II vs Madame Bouquet. Que medo! E quanto mais eu bocejava e olhava para o relógio mais aquela velha dum raio se divertia (às minhas custas pois está claro)! E eu a ver as horas a passar e a passar-me. Eu também queria ir as compras, mas as lojas fechavam as 5 e já eram 3 da tarde. Tanta coisa para comprar 2 vestidos 2 pares de luvas uns chapéus e umas écharpes que até os meus cortinados do moquifo onde eu viva em NY eram mais bonitos. O mais engraçado foi quando a funcionária disse o preço. Quase 1000£. E adivinhem quem pagou? O otário do filho, que queria dar uma linda prenda à sua querida mãezinha. Só o vi a chegar-se a frente com o cartão de crédito. Os meus olhos arregalaram-se como nunca, mas enfim que podia eu fazer? Pagou e fomos embora para eu fazer as minhas compras. Fui à Gap, comprei duas malhas e mais um ou outro acessório e não muito mais. Sinceramente, tinha ficado sem vontade para compras. De facto, sem vontade para nada. Quando Frank me passou o cartão para eu pagar Rachel perguntou com um sorriso nos lábios "Ai já têm conta conjunta?".
Gelei, fikei sem reacção, mas não podia deixar passar aquilo em branco. Aquilo era obviamente uma afronta.
Tive que responder com um sorriso de sonsa cabra"sim, e pelos vistos a 3". Frank olhou-me com uns olhos que desconhecia até entã. Ben fingiu não se ter apercebido de nada e a Rachel fez cara de surpresa e olhou para Frank com aquele olhar de "I told you so!" muito espantada tipo grace Adler de Will and Grace. Como vi que não estava a ser muito bem vista por aquelas bandas disse logo que estava a brincar que o que eu queria dizer era que hoje, todos nós tinhamos direito a mimos, blá, blá, blá. E graças a deus Ben lembrou-se de que tinhamos de ir à Marks & Spencer fazer compras para a casa. E lá fomos nós, num ambiente hóstil e eu de um momento para o outro virei best friend do Ben. A escolhermos as saladas, molhos, etc... Frank fez questão de mostrar de quem tinha tirado partido, só falava com a mãe e ignorava-me por completo. Pensei para os meus botões que isto ia ser uma guerra difícil de vencer. Não tinha começado da melhor maneira. Chegámos à quinta, arrumámos as compras e fui ao quarto mudar de roupa. Ouvi a madeira a ranger, sabia que Frank vinha a subir as escadas... Que dor no estomâgo que eu senti no momento. Aquela dor de quem fez merda e que vai ouvi-las.

Monday, August 04, 2008

Convidou os pais para irem almoçar connosco a sua casa. Não me importei e resolvi cozinhar! Pensei fazer um prato tradicional porguês. Fiz bacalhau com natas e depois cozido à portuguesa.
Os senhores mal chegaram foram muito educados. Um pouco frios e fizeram questão de demostrar o fosso existente entre nós. Fiquei um pouco incomodada com essa situação. Os meus pais teriam falado com o meu "noivo" de forma mais calorosa, de forma a sentir-se em casa. Pelas conversas apercebi-me que quem mandava naquela casa era a mulher. Rachel era educada, fria e nada meiga. Contudo, notava-se que era ela, que de uma maneira subtil, mandava no marido. Ben era muito simpático de vez em quando esboçava um sorriso natural, nada forçado, ao contrário dos de Rachel. Ao almoço, Ben quase que lambeu os dedos de tão boa que a comida estava. Não sou grande cozinheira mas qualquer coisa é melhor que fish and chips. Rachel também gostara da comida, mas para não dar o braço a torcer não repetiu nem nada. Comeu como se tivesse ido ao Mc Donalds. Aquela sensação de que o que vão pedir já sabem exactamente ao que vai saber pois é sempre igual.
Fiz mousse de manga para sobremesa, que estava muito boa. O Ben adorou e a Rachel fez o favor de não experimentar, pois era alérgica a manga e não podia comer doces. Mas depois não se poupou ao açúcar no café!
Frank parecia um miúdo, radiante por estar com os pais e comigo. Eu conseguia ver um brilho nos olhos dele. Mas será que ele não via que a sua mãe não estava a ser natural? Ou seria eu que estava a ver coisas. Ela perguntou-me sobre o que eu fazia anteriormente antes de morar com o seu filho, como é que uma portuguesa ia para U.S., e como é que eu conseguia deixar a minha vida por Frankie? Estaria ela a insinuar que eu estava atrás do seu dinheiro ou da sua família? Ainda disse ao filho dela que sempre pensou que ele se fosse casar com uma rapariga do campo e que afinal ia casar-se com uma menina de uma grande cidade (grandessissima galdéria deveria querer ela dizer).
Nunca mais se iam embora! Ainda fomos caminhar depois do café e ficaram para o lanche. Estava desprevenida porque não contava que ficassem, já que são tão cheios de 9 horas mas com a insistência do filho a mãe foi a primeira a dizer que ficava para o lanche. Escusado será dizer que o Ben não abriu a boca para dizer o que fosse. Rachel quis ajudar-me na cozinha. Lá tive eu não outra escolha senão aceitar. Parecia mal. Não queria que o filho dela ficasse com a impressão que eu não queria nada com a mãe dele. Vocês acreditam que elas pôs-se com truques e disse de forma simpática que o filho dela ao lanche gostava de bagles e não croissants (que era o que eu tinha), a marca da manteiga não era aquela e que fiambre de galinha não alimentava ninguém que o presunto era melhor? Respirei fundo, imaginei-me a dar-lhe com uma perna de presunto na cabeça (assim como quem joga baseball) e sorri. Virei-lhe as costas para buscar uma bandeja para levar as coisas para a mesa. Lanchámos (eu quase nada), mas sempre a sorrir, e foram se embora pouco depois. Frankie agradeceu-me por ter recebido tão bem os pais deles e dizia que nos iríamos dar todos muito bem. Que tinha conquistado a sua mãe e que eles iriam ser os mais segundos pais já que os meus estavam ausentes. Posto isto, engoli em seco e fiquei muito preocupada.

Wednesday, July 16, 2008

Os restantes dias foram muito deliciosos... Tinha vida de casada e amada. Ele era um querido comigo. Fazia-me as vontades todas sem eu nunca ter de pedir o que quer que fosse. Lia-me os pensamentos. Era muito sereno e calmo, o que às vezes me incomodava. Nunca se sabe ao certo o que vai na cabeça dessas pessoas e principalmente quando e como explodem... Mas nada que me preocupasse. Quando ele chegava do trabalho, tinha o jantar pronto, porque se há coisa que os escoceses gostam é de jantar quase à nossa hora de almoço. Ele adorava a minha comida. Nunca fui grande cozinheira, diga-se de passagem, mas perto da comida deles, eu era um Ás! Tudo corria às mil maravilhas, normalmente ao fim de semana iamos visitar as cidades vizinhas, fazer compras da casa, até cheguei a comprar-lhe algumas roupas novas e confesso que foi complicado obrigá-lo a usá-la. Mas ficava tão giro! No início odiava, dizia que não tinha nada a ver com ele, mas a muito custo usava. Depois habituou-se e já não queria outra coisa! Mas com o passar dos dias, aquela rotina de ficar em casa à sua espera, ou passear pela vila, começava-me a aborrecer e a ser muito rotineiro. Olhava para o relógio vezes sem conta e a hora de ele chegar não chegava. Eu que sempre fui independente, estava agora a viver em função de um homem. E a cada dia que passava, mais disso me apercebia. Cheguei mesmo a desligar-me do mundo da moda, o que também não é difícil por aquelas bandas. Enfim, mas nem tudo corria mal, quando ele chegava eu esquecia-me de tudo isto e perdia-me em seus braços. Até que chegou a vez de conhecer a sua família.